A PRIMEIRA "REVISTA PLAYBOY" DO MUNDO

Se você ainda não sabe, trata-se do

PAPIRO  ERÓTICO  DE  TURIM

Nº  55001

Ele apresenta 12 cenas de sexo explícito.

Homens mais velhos se divertem com lindas mulheres jovens.

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O papiro foi achado arqueologicamente em Deir-el-Medina  :  uma aldeia de operários, escultores e artistas egípcios, que trabalhavam ali próximo, no Vale dos Reis  (Tebas - Egito), escavando e decorando as tumbas dos faraós à partir do Novo Império.


O papiro conserva-se no Museu Egípcio de Turim, na Itália. 
Ele não fica exposto à visitação pública, mas é reservado a pesquisadores, historiadores e à imprensa.  Exatamente por exibir 12 posições eróticas consideradas obscenas.

Reconstituição de cenas por computação gráfica :

 
 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

fragmento original

 

Um outro papiro, também procedente de el-Medina, contém relatos sexuais e 'cantos de amor'  (poesia) : um deles fala que
"sua beleza está nas coxas e quando ela passa, todos os homens viram suas cabeças para vê-la".







A sexualidade na sociedade egípcia era bem mais recatada do que a que encontramos na Índia ou na Roma imperial, com suas casas de prostituição e as famosas orgias, com registros como os que estão em Pompéia, por exemplo.

Na Índia, temos esculturas de transas sexuais decorando paredes externas de alguns templos e pinturas em câmaras de seus interiores e nos haréns de antigos palácios.





No Egito, um papiro dessa natureza é uma raridade exclusiva, além de algumas ostrakas (palavras grega que significa 'concha'), ou seja, lascas de pedras calcárias.

ostrakas

 imagem do The History Channel

Nas horas de folga, alguns artistas grafitaram nessas lascas momentos de prazer sexuais, trajes sensuais e até um casal copulando na frente das crianças, que assistem àquilo naturalmente.

Esses grafiteiros também gostavam de satirizar essas cenas, substituindo as pessoas por desenhos de animais, nas mesmas posições.
O próprio Papiro Erótico contém esses desenhos.

Pênis (que chamaríamos 'dildos') encontrados no santuário do templo da rainha Hatschepsut, em Deir-el-Bahari.

Figuras eróticas femininas postas no túmulo para o morto se deliciar com elas, na outra vida.



A arte egípcia apresentava a sexualidade humana recatada, em forma de mensagem codificada - uma mensagem simbólica subjacente.
Apenas a sexualidade dos deuses era representada exaustivamente nas paredes de santuários de templos :  aí a iconografia é pornográfica.

Osíris se masturbando.
Para renascer na outra vida, tinha de haver uma atividade sexual antes.
Como nascer ou renascer se não há sexo ?

 
 Falo do deus Min, da fertilidade.
Na era vitoriana não era permitida a visualização das zonas erógenas : então, no Museu Britânico, cobriram o falo do deus Min com essa placa.

pênis hieroglífico ejaculando

Autofelação do deus-terra Geb.